Sunday, October 12, 2008

Noites sem Dormir... pensando na felicidade que se esvai... mas que espera!



Nessa noite não postarei palavras minhas, até porque minhas palavras ultimamente não são suficientes para acalmar meu coração bem como conquistar o coração de quem se quer bem, não são capazes de me darem mansidão, bem como não são capazes de manter uma amizade sem me deixar na solidão.

Essa noite postarei as palavras de um grande poeta, cujas palavras são lindas, de um teor magnífico e expressam integralmente tudo que venho sentindo nessa roda viva de sentimentos, onde a cada lufada de vento, meu coração se atordoa, esperando sua volta.

Com vocês, Manuel Antônio Álvares de Azevedo em:

ESPERANÇAS

Oh! Si elle m’eût aimé!
ALF. DE VIGNY. Chatterton.

Se a ilusão de minh’alma foi mentida,
E, leviana, da árvore da vida
As flores desbotei;
Se por sonhos do amor de uma donzela
Imolei meu porvir, e o ser por ela
Em prantos esgotei;

Se a alma consumi na dor que mata,
E banhei de uma lágrima insensata
A última esperança,
Oh! não me odeies, não! Eu te amo ainda,
Como dos mares pela noite infinda
A estrela da bonança!

Como nas folhas do Missal do templo,
Os mistérios de Deus em ti contemplo
E na tu’alma os sinto!
Às vezes, delirante, se eu maldigo
As esperanças que sonhei contigo,
Perdoa-me, que minto!

Oh! não me odeies, não! Eu te amo ainda,
Como do peito a aspiração infinda
Que me influi o viver,
E como a nuvem de azulado incenso;
Como eu amo êsse afeto único, imenso
Que me fará morrer!

Rompeste a alva túnica luzente
Que eu doirava por ti de amor demente
E aromei de abusões...
Deste-me em trôco lágrimas acérrimas...
Ah! que morreram a sangrar misérrimas
As minhas ilusões!


Nos encantos das fadas da ventura
Podes dormir ao sol da formosura
Sempre bela e feliz;
Irmã dos anjos, sonharei contigo;
A alma a quem negaste o último abrigo
Chora... não te maldiz!

Chora – e sonha – e espera: a negra sina
Talvez no céu se apague em purpurina
Alvorada de amor...
E eu acorde no céu num teu abraço:
E repouse tremendo em seu regaço

Teu pobre sonhador!


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Essa poesia já foi enviada para uma pessoa que é maravilhosamente maravilhosa, que espero que tenha lido e guardado do lado esquerdo do peito bem próximo ao coração. Seu coração não é meu, porém sua amizade um dia será, e quanto ao resto, espero na vontade de Deus, e na vinda da felicidade que não tardará a chegar.

Aqui encerro o post de hoje, prometendo a vocês duas linhas de raciocínio daqui para frente. A linha de raciocínio da alegria em minha vida, e a linha de raciocínio da tristeza em minha vida, todas as duas intrínsecas, e cheias de vida, alma e coração.

Obrigado a todos pela compreensão desses dias estar ausente, por motivos aparentes mas que me tornaram de certa forma indigente, e que por esse moribundo que lhes escreve, peço novamente paciência porque estou me reerguendo para feliz ficar e com todos vocês poder conversar, escrever e me detalhar.

AGMA – André Gustavo Martins de Almeida

Música do dia: “Have a Little Faith In Me”(Joe Cocker ‘n John Hiatt)

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