Sem bebidas e sem emoções... apenas palavras ...

Palavras que cortam a alma, despojada de qualquer medo relacionado à vontade de se estar só. Sem palavras para resumir uma vida digna que se mostra compelida a sofrer com o grande mal dos dias atuais.

Palavras que contam a alma, os pedaços que se perdem com o tempo sofrendo constantemente situações que anteriormente seriam uma forma de penitência e total desagrado ao ser humano que se constitui na normalidade e servidão do ser e do não ter, do sobreviver e não viver.

Palavras que contém a alma, dissipando os resíduos de uma fagulha da chama que era sua vida, que era a potencialidade de todos os sentimentos e emoções de uma vontade de ser melhor, de se tornar melhor destinando todas as palavras para o amor.

Palavras que continuam a sumir, a se perder com o tempo junto de fantasmas que não sabem a hora de desaparecerem, de sentimentos que não sabem a hora de morrerem de bebidas que não aplacam mais a dor.

Palavras... apenas palavras que mais uma vez cessam qualquer vontade de deixar a felicidade de lado, de te-la ao lado e de ser apenas um enamorado.

Palavras... apenas palavras que mais uma vez trazem esperança de um dia conseguir com afinco conquistar todas as batalhas, conseguir viver o que sonhar do que deixar apenas palavras no ar...

AGMA 11/09/08

“Milhares de pessoas se foram em um só dia, milhares de lembranças são consumidas a cada momento mas apenas quem perdeu e se perdeu com o tempo pode imaginar a saudade que é estar ao lado de quem é amado e querido.” – Homenagem 09-11 AGMA