Wednesday, September 12, 2007



Escuridão de uma Palavra – Final


… visão do paraíso!!!

Chamava-me mais, com a intensidade máxima. Os passos meus eram calmos aliados ao cansaço, mas com a vontade de se aproximar, pois não imaginando mais nenhuma armadilha, a espada era o meu apoio.

O silêncio até agora a pouco era inevitável, diante da quase inconsciência de minha alma.

Há poucos passos de entrar no paraíso, na felicidade que eu queria alcançar.

Como era a luz? Simples como um amor bruto que pode se transformar em um diamante; ardente como uma paixão que pode trazer noites avassaladoras de prazer sem cessar.

O som era a melodia mais bela, uníssona e dialética de todas as formas de comunicação desse mundo escuro no silêncio da solidão.

Eu teria duas opções a tomar ao me deparar defronte a luz. Uma era esquecer o passado, toda a tristeza e vencer o paraíso; outra era poder enfrentar meus problemas e voltar para a escuridão da alma por já ter conseguido vencer as barreiras até a luz...

... criei a terceira escolha; pois ao pegar aquela velha espada descobri que o executor que se tornara o executado nada mais era eu.

Eu que adentrei em minha alma suja e impura buscando respostas que não seriam a solução para minha vida, que não seriam a felicidade, seriam apenas mais palavras silenciosas de uma escuridão... na escuridão de uma palavra.

Aquela espada tornou-se minha escuridão, meu executor, minha sina.

Caí morto ao lado de meu corpo, assassinando toda a busca falível de minha alma.

Matei-me para uma nova vida.

FIM

AGMA 13/09/07


“A morte certa de uma alma encadeia uma sucessão de erros da vida. Nascer, crescer, viver e morrer! Morrer para viver uma nova oportunidade de crescer e morrer; viver e morrer, nascer e morrer, morrer na escuridão, morrer na solidão, morrer... morrer... morrer...” A.C.Guzzymann

“Morri! Através de meu executor, executado e esquecido perante palavras de solidão na escuridão de minha alma ignóbil, imprestável flamejante de paixão.
Morri! Para viver solenemente minha própria sina, viver para não morrer infinitamente nessa vida! Meu jazigo eterno...” AGMA

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