Sunday, September 09, 2007



Escuridão de uma Palavra

Na escuridão me embrenhei em uma noite sem fim.

Caminhando através de obstáculos e descobrindo a cada passo uma nova sensação.
Sentindo o frio suave da noite e o calor intenso da vida, passando de obstáculo a obstáculo na solicitude de uma amizade.

Ao me deparar com inimigos, lutei bravamente sem fim até que nenhum deles permanecesse em pé. Tal foi a ferocidade dessa batalha que meu corpo ficou ardendo em chamas mesmo depois de horas que a batalha cessou, o corpo todo ensangüentado de sentimentos que foram despedaçados durante a batalha. Mas a vida tornou-se um sentido após tal acontecimento.

Continuei, desbravando passo a passo, metro a metro até conseguir avistar a luz no fim do caminho, que me chamava pelo nome com tamanha precisão de detalhes em sua voz que não pronunciava palavras, mas sons que para mim, eram tão nítidas como a música mais bela desse mundo.

Nesse momento percebi que minha jornada já estava por encerrar, persisti então com as poucas forças que ainda me restavam, continuando com a brisa suave da noite. Sem expectador. Apenas eu! Eu, os obstáculos e os inimigos, e agora essa luz que eu avistava.

Com passos decididos, pesados pelo cansaço continuei, continuava e continuaria até conseguir alcançar meu objetivo.

Mas parei. Quase sem forças, quase sem chama mais no coração, quase desistindo da oportunidade de alcançar a felicidade. Sucumbido pelo cansaço, pela dor, pela solidão de se lutar sozinho nesse covil de lobos.
Respirei profundamente, fechei meus olhos e me lembrei de épocas boas; lembrei-me de toda a minha vida que passou por minha mente como em um flash, tão rápido quanto um piscar de olhos, tão rápido como uma paixão que surge e desaparece, um beijo roubado que se cala com o tempo. Quando um simples piscar de olhos começava a se transformar em uma eternidade em minha vida, ouvi... Ouvi! Ouvi!!!

Através do silêncio ecoava uma música que aos poucos ia me envolvendo, ia me conduzindo novamente ao estado de apreensão nesse mundo desordeiro de pessoas depravadas! Então meu descanso eterno acabou. Abri meus olhos, cerrei meus punhos e prestei atenção aos meus sentidos, à batida de meu coração.

Ainda cansado, mas com uma força renovadora por tentar descobrir que música era aquela, que luz era aquela, qual o significado do fim dessa jornada eu... (continua)

AGMA 09/09/07

“I really don’t know how to forget one feeling. I just can remember the way the wakes me up to defend my no faith, my no love, my no drunken, my no…” A.C.Guzzymann

“A sensação ao se escrever algo que te traga a transparência de coração é a mesma de se embrenhar em uma mata que se transforma em um lugar sem saída onde é visível a saída, porém você não consegue alcançar. Isso é o amor, isso é a paixão, isso é o sentimento. Isso é o ser humano!” AGMA

1 comment:

Thais said...

não sei se meu comentario serviria de algo já que sei de algumas coisas que te influenciaram no texto

só passei para dizer

texto lido certo


bjos

ótima semana